Quem sou eu

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Sou mãe, esposa, mulher! Sou um tanto sonhadora, mas com os dois pés firmementes no chão, procuro a felicidade em todos os momentos vividos. Aprendi que a vida é feita sempre de muitas surpresas, dependendo simplesmente de nós torná-las boas ou ruins! Neste ensaio, poetiso não somente os meus sentimentos, mas situações vividas por amigos e outras muito bem imaginadas, deixando que fluam livremente pelas teclas do computador.

sábado, 11 de dezembro de 2010

FÊNIX


Como miragem no meio deserto, você surgiu.
Seu olhar me fez renascer, me enxergar,
Te querer descobrir, sem querer me enganar.

Tão seca e árida me encontrava morta.
Perambulante voraz de um destino hostil!
Movediças areias me trouxeram à tona
E apresentaram-nos sutilmente, cavalheiro gentil!

Me dispus à espera e me apresentei como uma fera;
Atacando, envolvendo, conquistando, te trazendo.
Maliciosos jogos mortais fui tecendo
E aos poucos sua curiosidade foi acontecendo.

Intempestivamente guardarei minhas forças
Para quando enfim se entregares a mim!

E no momento alvo tornando-se minha presa,
Revelarei toda a destreza de uma mulher no cio,
Molhada de tanto calor, coberta de arrepio,
Na doce e caliente arte de fazer amor!


Priscila Brandão
11/12/2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

VIDA


Vida!
Doce e amarga vida!

Sempre envolvente em mistérios,
Surpreendente em seus critérios,
Nos julgando e nos provando,
Sorrateiramente nos testando.

Na imensidão de suas maravilhas
Paralelamente às suas armadilhas,
Traceja obscuros caminhos,
Sinuosos e rígidos espinhos.

Serás tão traiçoeira
E tentadoramente feiticeira
Ao ponto de eclodir divergências
A essa sua modesta passageira?

Na corda-bamba deste grandioso espetáculo
Onde o artista é um aprendiz fanático,
Vaias e aplausos substituem as emoções
Revelando-se as proezas deste mundo fantástico,
Recheado de ardentes e fervorosas tentações.

Vida!
Doce e amarga vida!


Priscila Brandão
08/03/2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

DISSABORES DO AMOR


Impossível esquecer um passado ainda tão presente na memória.
Impossível disfarçar que não faça parte da nossa história.
Impossível apagar os momentos de dor o qual passei,
Os caminhos frios por onde andei,
A luta interior a qual enfrentei.

Não me peças compreender um fato cruel
O qual o destino nos pôs ao léu.
Reviver as angústias em mim,
Acreditar que um dia isso terá fim
E encarar este caso como nada ruim.

Não mais falarei com ardor
O que me faz corroer nosso amor.
Emudecerei minha voz tão cansada
Das lutas em que fui sempre armada
E destinarei suas desculpas traídas
Aos céus que sempre encobriram nossas vidas.

Não mais venhas com carícias e atos
Na intenção de amenizar minhas certezas.
Me entreguei a você sem recatos
Por anos tão fiéis empostados
Em que tirou-me as visíveis belezas.

Quando retornares, não toques em mim.
Reacendi as lembranças ruins
Que você provocou indo enfim.
Dê-me tempo para absorver esta erupção
Que incendiou o meu ofendido coração,
Quase nos levando a uma suposta separação.

E no fenecimento deste então dissabor
Quando amenizar este constante tremor,
Eu me entregue inteira aos seus braços
E possamos novamente reatar nossos laços!


Priscila Brandão
05/03/2010

domingo, 28 de fevereiro de 2010

INTERROGATIVAS


...Terminar o que nunca começou
Ou recomeçar o que nunca terminou?
Cometer as vontades proibidas
Ou proibir as vontades não cometidas?
Esquecer um passado corrompido
Ou corromper um futuro entristecido?
Caminhar sobre um chão de terra fértil
Ou flutuar na imensidão de um céu estéril?
Conduzir uma vida entregue ao social
Ou substituir as regras e viver o ideal?
Fidelizar um amor consolidado
Ou amar um incerto príncipe encantado?
Afirmativas?
Simplesmente interrogativas...


Priscila Brandão
28/02/2010

domingo, 24 de janeiro de 2010

PROTAGONISTA FICCIONAL


Ânsia aguçada do querer,
Adorno consciente de vencer!
Sonhos que me fazem renascer,
Atitudes que me enchem de prazer!

Rebela-se a mulher adormecida
Há tempos e por muitos escravizada.
Revela-se a poetisa destemida,
Corajosa flor desabrochada.

Relatos conscientes do que são
Os encantos e deleites da paixão.
Murmúrios externados e escondidos,
Obras de uma simples ficção.

Vestígios cênicos do amor,
Momentos gélidos de dor.
Passagens lúdicas de um inventor,
Vivendas reunidas, clássico contador.

Intérprete real do leitor
Forma-se um digno escritor,
Que mesmo viajando no imaginário,
Produz um universo literário
Tornando-se cúmplice relator.

E neste mundo alvo da fantasia
Tornando-me quem eu queira ser,
Personifico minha poesia
E surpreendo-me a cada dia
No que me proponho a viver!



Priscila Brandão
24/01/2010

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

SUBJETIVISMO


Nem todos os dias são claros!
Nem todas as manhãs são puras!
Uma névoa atordoa minha alma
Em uma noite, sombria e escura.

No íntimo transcorre a incerteza
De se tomar uma atitude injusta;
Mediante a tantas surpresas,
Entremeada em uma saia justa.

Sufoca-me a pressão cerebral
Que me fazes quando manda um sinal!
Num extremo, razão social.
E no outro, emoção passional!

Na vontade, sou ser irracional.
No desejo, amante carnal.
Na realidade, mulher ideal.
No desfecho, uma simples mortal!


Priscila Brandão
22/01/2010

domingo, 27 de dezembro de 2009

UM ANO MUITO NOVO


Absolutamente lúcida te espero.
Te desejo como nunca,
Te quero feito muitas,
Te venero, te esmero.

Faço planos para você,
Tenho sonhos, tenho medos.
Realize minhas fantasias,
Me encha de alegrias.

Sei que serás meu.
É agora ou nunca!
Preencha esse vazio
Que inunda minha alma,
Me excita e me acalma.

Estou contando os dias,
As horas poucas faltam.
Você mesmo anuncia
Que a esperança nunca é tardia!

Venha, querido Ano Novo!
Seja vívido e muito forte.
Despeje em mim sua energia
E lance-me a sua sorte!


Priscila Brandão
27/12/2009