Quem sou eu
- Priscila Brandão
- Sou mãe, esposa, mulher! Sou um tanto sonhadora, mas com os dois pés firmementes no chão, procuro a felicidade em todos os momentos vividos. Aprendi que a vida é feita sempre de muitas surpresas, dependendo simplesmente de nós torná-las boas ou ruins! Neste ensaio, poetiso não somente os meus sentimentos, mas situações vividas por amigos e outras muito bem imaginadas, deixando que fluam livremente pelas teclas do computador.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
O JOGO DA VIDA
Desejar o indesejável,
Se fartar de melancolia,
Iludir-se de forma irracional
E acidentar-se na poesia.
Quem de nós nunca se deslumbrou?
Quem de nós nunca renunciou?
A imaginação se aflora.
O objeto nos desperta.
A realidade bate à porta
E entendemos a descoberta.
Uma carência múltipla
Nos contamina o ser.
A existência nos estimula
A nos auto-conhecer.
Entre passos e tropeços
Refazemos nossa jornada.
Indagações e questionamentos
Nos perturbam e nos alimentam
Em horas tão certas e outras erradas.
Tecer a obscuridade da alma
E se fartar de respostas prontas
Não nos fazem sábios ou tolos,
Não estamos em um faz de contas.
Viver em busca incessantemente
E se descobrir incansavelmente
É se rebuscar das verdades psicológicas
E se submeter plenamente às atitudes
Que substituirão as outras nostálgicas.
Imprescindível é o saber!
Mais ainda é saber viver
Neste jogo da vida
Onde teremos que vencer!...
Priscila Brandão
26/11/2009
terça-feira, 24 de novembro de 2009
O SINAL
A vida é feita de escolhas!
Em um momento nos é dado a decidir
Se mudamos nossos hábitos
Ou se queremos já partir.
A proximidade da doença
Faz um prenúncio da sorte:
Ou aprendemos a sobreviver
Ou encaramos logo a morte.
Temer o desconhecido,
Enganar-se como um antídoto,
Não fará o tempo apaziguar
O tão certo veridito.
Amenizar as dores da alma
E fartar-se de saúde,
Traz o remédio por hora
Dos revezes amiúde.
Levantar-se sem demora
Para os curativos do agora
É não atropelar o tempo
E desfrutar a bela aurora.
Lute sempre!
Espante o mal!
Procure a felicidade
E nunca subestime o sinal!
Priscila Brandão
24/11/2009
domingo, 22 de novembro de 2009
NAS VÁRIAS FASES DO AMOR
Em seus braços apertados
Com abraços sentidos
Flutuo em nuvens de amor
No seu corpo enlouquecido.
Que noite maravilhosa!
Me fez sua,
Me desposou em poesia
Deixando-me completamente nua.
Um suave perfume
Exala as mais belas lembranças
Que há anos construímos
Quando ainda éramos crianças.
Um momento caliente
Com suspiros ardentes,
Traduzem os sentimentos
De quando éramos adolescentes.
No clímax sensual
Do êxtase total
Parece-nos preterizar
Um tempo ainda jovial!
E no ato consumado
Após estarmos relaxados,
Nos sentimos mais realizados.
Um amor inabalado
Em décadas construído
Constitui um enlace já amadurecido.
E nos embalos deste amor
Em todas as suas idades,
Permanecem as fases
Com todas as suas veracidades.
E quando já não mais rígido fôr
Este apetite sedutor,
Restarão as lembranças gostosas
Das várias noites fogosas
Que a idade não permitirá se pôr.
Priscila Brandão
22/11/2009
sábado, 21 de novembro de 2009
MENTES E DEMENTES
A sanidade de muitos é a doença de outros!
Não entendo o significado da vida
Quando o significante não valoriza
Um gesto de humildade,
Um gesto de caráter,
Um gesto de bravura,
Um gesto de sinceridade.
Mentes carentes de realidade,
De afetos e de amizade
Tornam-se dementes
Diante de toda a sociedade.
A nobreza de sentimentos
Tão vazia em alguns momentos,
Irradia uma ira constante
Mediante aos outros talentos.
Valorizar o "normal"
Não é para muitos primordial.
A natureza sempre presente
É algo que não se sente.
A busca pelo contraditório
Parece um troféu um tanto ilusório.
Valorizar o abstrato
Para um ser insensato
Não é um simples ato.
Valorizar o concreto
Para um ser que se diz esperto
Não é o certo, mas é um fato.
Cada um com a sua consciência!
Cada qual com a sua demência!...
Priscila Brandão
21/11/2009
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
ENTRE O PASSADO E O FUTURO
Pensamentos nostálgicos,
Lembranças saudosas.
Foi-se o tempo das brincadeiras!
O passado tão presente na memória
De uma infância em paz,
Traduz um período tranquilo
Que não volta mais.
Num piscar de olhos
Nos reportamos a imagens
De tempos remotos,
De anos atrás.
A maturidade e a liberdade
Que chegam com a idade,
Escondem vontades, reprimem atos,
Impõem barreiras e constatam apenas fatos.
Aonde estará o olhar pueril
Que tivemos um dia?
Aonde estará a nossa alegria?
Não quero parecer um museu!
Quero aproveitar o que me resta
E desfrutar muito a vida que Deus me deu!
Priscila Brandão
16/11/2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
O CRAVO E A ROSA
Por obra do acaso,
A rosa encontrou o cravo.
Desde então
Começou uma emoção
E mais flores surgiram no jardim da ilusão.
O cravo sedutor
Com todos os seus espinhos,
Despejou-lhe amor
E cobriu-a de carinhos.
A rosa despetalada
Sentiu-se enfeitiçada,
Retribuiu com um botão
E roubou-lhe o coração.
Uma história um tanto encantada
Desencadeou uma espera infindada
Que o cravo por sua vez,
A fez envolver-se em seus brios
E dominou então
Toda aquela situação.
A rosa ficou esperando
Toda desinibida
O encontro que combinaram,
O qual nunca aconteceu.
Desfez-se a máscara do cravo
E a rosa se desfaleceu!
A história do cravo e da rosa
Deu-se por fim, morreu!...
Priscila Brandão
16/11/2009
sábado, 14 de novembro de 2009
ESCRITOS POÉTICOS
Sensibilizamos nossas palavras,
Reproduzimos nossos sonhos,
Imaginamos momentos
E com a alma escrevemos.
O que nos faz escritores?
Alma de poeta, olhar consciente.
Observadores, sonhadores.
Uns escritos alegres,
Outras vezes chorosos,
Expõem nossos sentimentos,
Nossos muitos lamentos.
Nos desabafam e nos aliviam;
Nos tormentam e nos aliciam.
Palavras envolventes, sussurros intermitentes.
Métricas operantes, fugas constantes.
Realidade relatada, mente aflorada.
Entre versos e estrofes
Com rimas ou não,
Revelam-se os talentos de uma nova geração.
Seres sensíveis, mas corajosos,
Expressam os pensamentos
Por outros tantos temerosos.
O amor à poesia
Nunca irá se acabar,
Pois quando todos partirmos,
Outros estarão em nosso lugar
E mais escritos poéticos irão perpetuar!...
Priscila Brandão
14/11/2009
ALUSÃO TEMPORAL
Parece que foi ontem...
Envelhecemos e não percebemos!
Quanto tempo ainda teremos?
É hora de viver!
É hora de crescer!
Rejuvenescer atitudes,
Aproveitar as virtudes
E fazer acontecer!
O tempo não se recupera
E tudo se dilacera.
Porque não reagir
Antes da última quimera?
Façamos engrandecer
Cada minuto do alvorecer!
Pode ser que amanhã mesmo
Nossos olhos não possam se reerguer.
E um arrependimento eterno
Vai nos fazer perecer...
Priscila Brandão
14/11/2009
TERAPIA INTERIOR, UMA ANÁLISE DA DOR!
Cansada de tudo
Recolho-me em silêncio.
E em minhas palavras poéticas
Descarrego meus medos,
Meus anseios, meus devaneios.
Felicidade e tristeza se juntam
E numa incongruência inseparável
Me torna um tanto intolerável!
Não sei mais de mim,
Nada faço, enfim.
Não consigo desfazer
Esse nó na garganta
Que tanto me espanta!
Um choro engolido,
Um tanto sofrido!
O que foi que eu fiz?
Eu só quero um dia
É poder ser feliz!
Priscila Brandão
14/11/2009
UM SER DE IGUAL VALOR
O que te faz parecer tão superior?
Não consegues perceber a minha dor?
O que me faz sua prisioneira?
Porque me diz tanta asneira?
Será por sua imponência financeira?
Não me leve a mal,
Mas eu sou muito real.
Por minha nobre cumplicidade
Vc é um homem de moral.
Me enxergue como esposa
E não como ser inferior.
Sou muito maior do que sentes,
Sou uma pessoa de valor.
Manifeste o contrário,
Senão irás me perder.
Tão longe estaremos um dia
E seu filho não verás crescer!
Reconquiste-me imediatamente,
Seu tempo está se esgotando!
Um dia poderá se perguntar:
_Porque estás me rejeitando?
Repense o que fizeste até agora.
Seja rápido, senão piora!
Sê conciso, sem demora.
Já não aguento mais jogar conversa fora!
E a sua felicidade poderá estar indo embora!...
Priscila Brandão
14/11/2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
DELÍRIOS SENSUAIS
Quero envolver-me em teus braços
E fazer o mais belo amor contigo.
Quero gritar de prazer,
Gemer em te ter,
Sentir seu gosto,
Curtir seu gozo
E descobrir-lhe todo.
Vou enrolar-me em teu corpo,
Cavalgar suas delícias,
Ser sua presa fácil
E cobrir-lhe de carícias.
Dar-lhe-ei minha alma,
Meu calor, meu pudor.
Vou beijá-lo inteiro,
Encoxar sua cintura
E levá-lo às alturas.
Neste momento mágico,
Exalarei meu perfume,
Testarei seus costumes,
Provarei seus hábitos,
E seus dotes fantásticos.
Faça comigo o que quiser,
Eu sou sua mulher!
(Ao meu marido, com amor!)
Priscila Brandão
10/11/2009
POR AMOR
Dia a dia cumpro o meu papel
De malabarista da vida.
Faço planos constantes,
Almejo coisas brilhantes,
Mas nada concretizo
E meus sonhos parecem distantes.
Do seio familiar retiro minhas forças
E nele mesmo deposito-as.
Sou mãe e esposa,
Sou no fundo muitas outras
Lutando por sua prole,
Enfrentando tempestades,
Sobrevivendo em meio a tantas vontades.
Me anulo por amor,
Me excluo sem pudor!
Me alimento da esperança
De transformar o meu filho
Em gente de valor!
Vejo a vida passar
E não me canso de esperar.
Minha hora irá chegar!
Um troféu irei ganhar
Se Deus me permitir ver um dia
Minha cria em um Homem se transformar!
Priscila Brandão
09/11/2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
ESPECTROS DA ALMA
Quando tudo parece estar perdido,
Quando tudo parece estar acabado,
Uma voz novamente te assombra
E uma chama novamente aclama
O que parecia corrompido,
O que parecia esquecido,
O que parecia adormecido.
Oh, fantasmas que me assombram!
Oh, clássicas palavras!
Porque me atormentas tanto?
Porque não me deixas quieta
Com meus pensamentos,
Com minhas fantasias,
Com meus momentos?
Me escondo de minhas próprias emoções,
Pois nem todas são sábias,
Nem tão pouco espertas.
Embarco num emaranhado de letras
Que me confundem muitas vezes
E outras tantas me despertas!
Não me enlouqueças mais!
Não me seduzas com palavras!
Mas, não me esqueças jamais!...
Priscila Brandão
05/11/2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O MAR de Ilusões
Noite silenciosa,
Madrugada misteriosa.
Mente perturbada
Pelo desprezo
Que sentira outrora.
Porque acabar tão doce sentimento?
Porque acabar o até então nem começado?
Uma mulher, uma solidão.
Horas ininterruptas de indagação.
O que fizera para disseminar
Tão gostosa relação
Após uma noite inteira de sedução?
Será o homem mesmo um brincalhão?
Terá ou não o homem um coração?
Estará ele aberto para outra paixão?
Perguntas sem solução!
Nos braços da fidelidade
Ela exala lembranças de infidelidade
E não consegue realizar
O ato consumado da fecundação.
Será o cupido culpado
Por flechar novamente o seu coração?
Nem mesmo a serpente conseguiu se livrar
Do encantamento da flauta mágica
E se entregou hipnotizada
Aos anseios da submissão.
Horas de solidão...
Horas de indagação...
Horas de perturbação...
O MAR revolto e lindo
Nas ondas dissonantes da canção
A faz náufraga da mais pura paixão.
E como dizia Sheakspeare:
“_ Ser ou não ser?
Eis a questão!”
Priscila Brandão
04/11/2009
PENSANDO EM TI
Pensamentos...
Insanos pensamentos
Perturbadores da fidelidade.
Uma flauta a anunciar
A mais doce melodia da paixão,
Do tesão, da atração.
Pensamentos fraternos,
Pensamentos passionais,
Pensamentos infiéis.
O que sentir?
O que fazer?
Pessoas honestas, pessoas opostas.
Uma miscigenação de pensamentos
Invasores do cotidiano...
Ora formais, ora informais.
Pensamentos felizes, temerosos,
Indecentes, harmoniosos.
Espectros de chats envolventes,
Delirantes, empolgantes.
Teclas de um computador
Exaladoras dos mais atraentes pensamentos,
Às vezes tão distantes,
Às vezes tão turbulentos...
Sentimentos confusos, ternos,
Pensamentos suaves, sinceros.
A incerteza da co-relação
Entre o homem e a mulher,
Por vezes brincalhão,
Por vezes sedutor,
Muitas delas encantador...
O que sentir?
O que fazer?
Por enquanto somente pensamentos,
Pensamentos,
Pensamentos...
Priscila Brandão
03/11/2009
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